O presidente da Abradee, associação que reúne as distribuidoras de energia elétrica, Nelson Leite, afirma que todas as empresas já estão aptas a operar com o sistema de bandeiras tarifárias a partir de 2015. Nesta terça-feira (30), a Aneel aprovou a aplicação do sistema a partir de 1º de janeiro.
O sistema estava previsto para entrar em operação em 2014, mas a implantação foi adiada por um ano, pois as distribuidoras pediram mais tempo para adaptarem suas operações.
Segundo Leite, a expectativa é que as bandeiras incrementem as receitas das empresas em até R$ 800 milhões por mês e, ao longo de um ano, as distribuidoras recebam adicionalmente até R$ 9,6 bilhões. A projeção apresentada por Leite leva em consideração uma situação hidrológica semelhante a de 2014, de poucas chuvas.
Maior consumo, maior tarifa
As bandeiras tarifárias fazem parte de um sistema que eleva automaticamente em até R$ 30 por MWh as faturas de energia do consumidor quando o custo da eletricidade estiver mais caro, de acordo com as condições da geração de eletricidade.
O sistema prevê três cores de bandeira: verde (geração de energia encontra-se normal), amarela (geração menos favorável) e vermelha (nível mais custoso de geração).
A cada mês, o consumidor é avisado da bandeira vigente. Quando for amarela ou vermelha, o custo é maior.
Com o sistema vigente até 2014, a distribuidora só era ressarcida pela elevação do custo da energia durante a revisão das tarifas. Com o novo sistema, esse custo é reavaliado todos os meses.
Ainda hoje, a Aneel avisou que, se já estivesse valendo, outubro teria bandeira vermelha em todas as regiões.