quarta-feira, 10 de setembro de 2014

MINISTRO DECLARA Metade dos contratos do Fies são de alunos negros e com renda de até 1 salário


Fies
Números sobre o programa foram dados durante cerimônia de abertura do seminário que avaliou lei das cotas
FOTO: AG. BR
O ministro da Educação, Henrique Paim, disse nesta quarta-feira (10) que 83% dos estudantesdo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) têm renda familiar per capita média de até um salário mínimo e meio e que 48% dos contratos de financiamento são com pessoas negras ou pardas. As declarações foram dadas durante a cerimônia de abertura do 1º Seminário de Avaliação da Lei de Cotas. 
 
O seminário reuniu representantes de diversas instituições para discutir a política de cotas e os aperfeiçoamentos que podem ser feitos no acesso à educação superior por parte de alunos deescolas públicas, negros e indígenas. 
 
Segundo Paim, 37% das vagas do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) foram destinados a cotas e todas as universidades federais já atingiram o mínimo previsto em lei, de 25% das vagas destinadas a cotas. Ele disse ainda que 52% dos estudantes do Programa Universidade para Todos (ProUni) são negros, pretos ou pardos.
 
Para o ministro, quando se fala em redução das desigualdades educacionais, não significa atendimento diferenciado, mas a garantia de que o estudante tenha acesso nas mesmas condições daqueles que não têm registro de desigualdade. “As políticas afirmativas na área educacional são a verdadeira redenção que nós podemos ter, porque é a partir da educação que vamos garantir a perenidade na recuperação da história brasileira, que passou por séculos deescravidão”, disse Paim.
 
Para a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial,Luiza Bairros, as ações afirmativas vão acelerar o processo de inclusão. “Se é verdadeiro, como dizem os demógrafos, que esse processo de mudança no perfil da população pode acabar nos próximosoito ou dez anos, podemos aproveitar esse período de oportunidade para inclusão, que não é exclusivo para negros, mas para todos os setores da sociedade que ficaram de fora dos benefícios dos processos de desenvolvimento pelos quais o país passou”.
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE

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