sábado, 13 de setembro de 2014

Incêndios em florestas aumentam 160% em todo o País

Incêndios são ameaças a espécies animais e vegetais, quando comprometem a reprodução
Dados coletados por satélites de referência, em órbita da Terra, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que, neste mês, foram registrados 15.622 focos de incêndio nas regiões florestais a afins em todo o Brasil. Esse volume representa aumento superior a 160%, em relação ao mesmo período de 2013, quando o Inpe registrou 5.946 focos. 

Os informes revelam que Mato Grosso é o Estado mais atingido por chamas, seguido pelo Pará e Maranhão. Juntos, os três somam quase 44% do total de focos ao longo do mês. O Pará também se destaca por abrigar o município com o maior número de registros, São Félix do Xingu, com 551 focos.

Conforme o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a ampliação dos registros não é surpresa. A condição climática e o acúmulo de matéria orgânica, decorrente da redução das queimadas do ano passado, favoreceram esse crescimento.

O Ibama avalia que a escavação de aceiros negros (vala queimada em torno da unidade de conservação) é a maneira mais eficaz de prevenir os incêndios. Servem de controle da queima da vegetação, consequentemente impedem o avanço do fogo.
 
Educação ambiental
Para evitar o descontrole, técnicos do instituto ressaltam a importância de ações de educação ambiental junto à população. Para esses técnicos, é considerado incêndio o fogo que se espalha sem controle pelas florestas e matas, originado ou não pelo homem. Já as queimadas têm a presença direta da pessoas humana e são utilizadas, principalmente, para preparar determinada área para plantio ou pecuária. 

Devido ao baixo custo, a prática de limpeza de terrenos com uso de queimadas é tão comum como os riscos que ela representa. Em Mato Grosso, por exemplo, a técnica é proibida de 15 de julho a 15 deste mês.

Os biomas amazônico e do Cerrado totalizam 87% do volume de queimadas e incêndios em todo o território nacional. Analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Angela Barbara Garda informou que o incêndio transforma-se em ameaça às espécies animais e vegetais quando compromete seguidamente a reprodução dos espécimes, impedindo sua perpetuação a longo prazo: “É importante lembrar a existência de ambientes sensíveis, mas tolerante e até dependentes do fogo”, salientou. (da Agência Brasil)
Fonte: Jornal O POVO

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