quinta-feira, 11 de setembro de 2014

FATURAMENTO NO ESTADO Panificação deve avançar 8% no ano

Panificação
Durante o primeiro dia da Cearapão, os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer técnicas de produção, além de novos equipamentos
FOTOS: HELOSA ARAÚJO
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Na edição deste ano da feira, que vai até sexta-feira, a expectativa é que cerca de 8 mil pessoas passem pelo local e mais de R$ 3 milhões de negócios sejam gerados
Ao que tudo indica, a panificação cearense deve registrar, em 2014, um novo crescimento significativo. Segundo o presidente da Associação Cearense da Indústria da Panificação (Acip), Carlos Brandão, a expectativa é que o setor feche o ano com faturamento 8% superior ao de 2013. Conforme diz, os profissionais do ramo estão cada vez mais entusiasmados com o desenvolvimento do mercado local e vem investindo muito em novos equipamentos de produção.
"No Ceará, a panificação tem crescido continuamente ao longo dos últimos anos. Lógico que há algumas oscilações, mas, no geral, temos obtido bons resultados", disse Brandão, durante o primeiro dia da 5ªFeira da Indústria de Panificação, Confeitaria e Gastronomia (Cearapão), que teve início ontem, no Centro de Eventos do Ceará, e segue até amanhã, 12.
Segundo Brandão, que também é presidente da Cearapão, o evento possibilita que empreendedores e consumidores conheçam mais sobre as tendências do mercado e, assim, contribuam de forma mais significativa para o desenvolvimento do setor. "Estamos trazendo novidades em termos de equipamentos, fornos e máquinas para padaria. Isso sem falar nos moinhos, que estão expondo novas farinhas para a produção de pão", explica.
Reunindo 48 expositores nacionais e internacionais, a Cearapão deve receber aproximadamente oito mil visitantes durante seus três dias de duração, além de gerar mais de R$ 3 milhões em negócios. Consolidado como um dos principais eventos de panificação do País, a feira conta com o apoio do Diário do Nordeste, Indaiá e Unifor.
Aperfeiçoando o negócio
O presidente da Cearapão diz ainda que a feira é a oportunidade ideal para empreendedores cearenses buscarem alternativas para aperfeiçoarem seus negócios. É o caso, por exemplo, de Rafael Lopes, que possui uma confeitaria e foi ao evento a procura de novos equipamentos. "Quero expandir meus negócios e aqui tenho a oportunidade de conhecer maquinários de ponta, utilizados em todo o Brasil e no mundo", afirma o empresário.
De acordo com Rafael, outro ponto interessante da Cearapão é a oportunidade dos empreendedores cearenses conhecerem expositores locais que possam vir a atender suas necessidades. "Estamos acostumados a buscar produtos de fora, mas já conheci diversos equipamentos de qualidade de empresas daqui, que estão bem perto da gente. Eu provavelmente devo fechar negócio com eles, pois os preços estão bastante competitivos", comenta Rafael Lopes.
Equipamentos
Dentre os expositores da Cearapão, é fácil encontrar equipamentos que podem ajudar o empreendedor a maximizar a produtividade. A empresa Indiana, por exemplo, que atua em todo o ramo de massas para pastel, macarrão e salgados, está expondo máquinas capazes de fabricar de 2 a 6 mil salgados por hora. "Ela modela qualquer tipo de produto para fritura, tais como coxinha, kibe, bolinha de queijo e risole. É bem prático para o produtor, que pode controlar o tamanho do item e a quantidade de recheio", explica o técnico da Indiana, Richard Behaker. As máquinas custam de R$ 30 mil a R$ 40 mil.
Concurso de receitas
Durante a Cearapão, há também um concurso que busca avaliar o conhecimento técnico dos produtores no desenvolvimento das receitas. Ontem, cinco participantes competiam na categoria pão. Para o coordenador do concurso, Nilson Diniz, o que se nota é uma certa "falta de técnica, já que não há muita capacitação". "O exagero nas receitas pode gerar desperdício de até 35%", diz.
M. Dias Branco vai capacitar mercado
Presente em todas as edições da Cearapão, o grupo M. Dias Branco pretende ajudar a capacitar o mercado nordestino de panificação e confeitaria. Segundo o gerente de planejamento da área de moinhos do grupo, Arthur Benevides, uma parceria foi fechada com o Sebrae nacional com o intuito de desenvolver micro e pequenas empresas, além de empreendedores individuais.
"Temos vários projetos e esse é um deles. Queremos desenvolver o mercado em todo o Nordeste para prepará-lo para lidar com produtos de qualidade elevada. Vamos sim promover essas capacitações, tanto técnicas como de gestão", diz Benevides.
Sem dar maiores detalhes, o gerente de planejamento da área de moinhos do M. Dias Branco disse também que o grupo está em ampliação no Nordeste, onde atualmente conta com quatro moinhos em cidades diferentes. São elas: Fortaleza, João Pessoa, Natal e Salvador. "Nós moemos mais de 5 mil toneladas de trigo por mês, mas também há um consumo interno muito grande por parte das nossas fábricas, já que temos um processo de verticalização muito forte. O que vai ai mercado é o excesso".
Áquila Leite
Repórter
Fonte: Diário do Nordeste

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