A Medida Provisória (MP) assinada pela presidenta Dilma Roussef, que beneficia delegados da Polícia Federal, gerou tensão entre outros integrantes da corporação, em especial os agentes. O texto determina mudanças para a carreira de delegados de classe especial, ou seja, que ocupam o último nível da carreira. Atualmente, qualquer pessoa pode ser indicada pela Presidência para chefiar a polícia.
Em uma outra mudança, os candidatos a delegado da PF, além da atual exigência de serem bacharéis em direito, têm de apresentar carteira da Ordem dos Advogados do Brasil e comprovar experiência judicial ou policial de três anos. A terceira regra diz que delegados "são responsáveis pela direção das atividades do órgão".
Representantes dos agentes, escrivães, papiloscopistas e peritos entendem que os cargos de direção agora limitam-se a delegados. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, nega e afirma que os outros integrantes da PF podem continuar sendo chefes, só não podem ter o cargo de diretor-geral.
"Foi um tiro no pé. O governo não pensou bem. Está dando aos delegados a possibilidade de dominas todas as atividades da PF", reclama o vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Luis Antonio Boundens. (Com Folha de S. Paulo).
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