O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, apresentou nesta quarta-feira (8), em Brasília, os números das operações da Polícia Federal
(PF) ao longo do ano passado. A PF calculou um prejuízo ao erário de R$
6,8 bilhões com os crimes praticados. Os prejuízos, no entanto,
poderiam ser maiores. Os dados revelam o trabalho da polícia evitou a
perda de R$ 2,8 bilhões. Além disso, foram apreendidos R$ 3,3 bilhões em bens e valores.
Foram deflagradas 390 operações, registrando 87 operações a mais que em 2013. Os números tratam de todas as operações da PF, com foco no combate ao desvio de recursos públicos, repressão às drogas e crime financeiro. A Operação Lava-Jato, por exemplo, se enquadra nesta última.
O ministro da Justiça elogiou os números alcançados e defendeu a
autonomia da PF. “Os números mostram a determinação da nossa polícia que
vem tendo papel decisivo no combate à corrupção e ao narcotráfico. Isso
decorre de uma garantia que o governo vem dando à Polícia Federal de
autonomia constitucional. A polícia deve ter autonomia e o ministro deve
garantir isso”, disse Cardozo.
Segundo o diretor de Combate ao Crime Organizado, Oslaim Santana, os resultados obtidos refletem a priorização das investigações
nas áreas de desvio de recursos públicos; de crimes financeiros; de
fronteiras, para combate ao tráfico de armas e drogas, além da
capacitação dos policiais.
Santana ressaltou ainda a importância da criação do Serviço de
Repressão a Desvios de Recursos Públicos, em 2011, que aprimorou a
atuação da PF no combate a esse tipo de crime. “É importante frisar que
foi criado esse serviço em 2011, atendendo a um compromisso assumido
pelo Brasil na Convenção da ONU de combate à corrupção. Foi criado esse
serviço dentro do departamento e suas respectivas delegacias nas
superintendências regionais”.
Apenas em relação aos crimes financeiros, foram 31 operações. Os
desvios de recursos públicos motivaram a deflagração de 54 operações.
Santana informou ainda que, atualmente, estão sob investigação contratos
que somam R$ 19 bilhões. Esses contratos, explicou, podem ou não vir a
serem caracterizados como desvio de recurso público. O montante não
considera, no entanto, a Operação Lava Jato, que é considerada operação
de combate a crimes financeiros.
O diretor-geral da PF, Leandro Coimbra, também exaltou os números
apresentados e reiterou a linha de trabalho adotada. “A Polícia Federal
continuará no combate ao crime organizado, em especial à corrupção, aos
crimes financeiros e ao tráfico de drogas. Não vamos parar, nós
melhoraremos, ampliaremos nossos armamentos e teremos a sequência desse
trabalho com muita serio.
Fonte: Diario do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário