terça-feira, 17 de março de 2015

Guimarães reconhece necessidade de mudanças

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) - Givaldo Barbosa / Agência O Globo
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) – Givaldo Barbosa / Agência O Globo
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), entra nas articulações com lideranças dos partidos aliados ao Palácio do Planalto na tentativa de criar caminhos para o Governo Federal reconquistar apoio popular, aprovar as medidas previdenciárias e trabalhistas e, também, garantir maior entrosamento com a base parlamentar na Câmara Federal e no Senado. Uma das primeiras reuniões é com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).
Guimarães disse, nessa segunda-feira que as manifestações de sexta e de domingo refletem a necessidade de mudança por parte do governo e do Congresso Nacional. Qualquer governo, segundo ele, comete erros, e o momento é de humildade, de dialogar e não fazer política com rancor.  O líder reclamou da cobertura da mídia.
Segundo Guimarães, houve supervalorização das manifestações de domingo e não foi dado o mesmo peso em relação às de sexta, que não pediam a saída do PT e da presidente Dilma Rousseff do governo. Também comentou a discrepância de números de manifestantes do Datafolha e da Polícia Militar de São Paulo.
Guimarães tem, porém, dentro do novo cenário político, outro diagnóstico: ‘’As ruas mostraram que querem mudança. Ou fazemos ou as ruas nos engolem. Ninguém pode chegar aqui com o mesmo sentimento da semana passada. Quem fizer isso, quebrará a cara’’, expôs Guimarães, que, nesta terça-feira, se reúne com o vice-presidente da Repúblcia, Michel Temer, para discutir articulações políticas e maior sintonia entre Governo e base de apoio parlamentar no Congresso Nacional.
Segundo ele, o governo tem que mudar na área econômica, dialogar com as centrais sobre os direitos trabalhistas, com a sociedade, com o Congresso. Para Guimarães, o governo da presidente Dilma é “forte” e irá se recuperar tomando medidas para enfrentar a crise. Guimarães defendeu a ampliação do ajuste fiscal e disse que, pessoalmente, é a favor da taxação de grandes fortunas.
O líder do Governo aposta nessa nova fase de articulações políticas para superação da crise política.  O novo núcleo político, segundo afirmou, nasce na sequência para aprimorar a saída (da crise). Não tem milagre, não é uma pessoa só a apertar um botão. É construção política e tem que ser feita com toda a base aliada. O momento é de reconstrução da base aliada. Amanhã (terça), o vice-presidente Michel Temer se reunirá com os líderes aliados na Câmara. Temos que dialogar e sair dessa mesmice. Fazer um ajuste amplo, atingindo todos os setores.
Indagado sobre a tentativa de ministros e petistas de relativizar as manifestações de domingo, dizendo que são em sua maioria pessoas que votaram nos adversários de Dilma, Guimarães afirmou: ‘’Não estou relativizando. Acho que as manifestações foram exitosas, e temos que agir. Não vou pela linha do eleitorado do adversário. Não temos que ficar atordoados. O governo precisa agir. O recado foi para todos: governo, oposição, Congresso’’.
O líder do governo propôs um pacto entre governo e oposição em torno da votação da reforma política. Segundo ele, em junho de 2013 a presidente Dilma propôs como resposta às ruas a aprovação desta reforma, mas a “culpa” por ele não ter sido votada é do Congresso.

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