A propaganda de Dilma Rousseff (PT) que ataca a candidata do PSB, Marina Silva, com relação ao seu projeto de autonomia do Banco Central poderá ser suspensa. O procurador-geral Eleitoral, Rodrigo Janot, enviou nesta terça-feira (16) um parecer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a suspensão de uma propaganda.
O procurador afirma que a publicidade da candidata petista cria um cenário “tendencioso, apto a gerar estados emocionais desapegados da experiência real”, por isso, não deve mais ser veiculada no horário eleitoral gratuito. A peça autonomia afirma que se houver a autonomia do BC, os banqueiros passarão a determinar “os juros que você paga, seu emprego, preços e até seu salário (…) ou seja, os bancos assumem um poder que é do Presidente e do Congresso”.
Com a locução em off, são exibidas imagens de uma família durante a refeição e à medida que o narrador fala sobre autonomia do Banco, os alimentos vão desaparecendo da mesa. A propaganda foi exibida no horário eleitoral dos dias 9, 11 e 12 e também em inserções ao longo do dia.
Para Janot, a peça é proibida pelo Código Eleitoral por criar uma situação ilusória. Segundo ele, apesar das controvérsias sobre o tema, não se pode vincular um quadro de “grande recessão” a uma eventual autonomia do BC. O parecer de Janot foi enviado ao TSE dentro de um processo em que o PSB de Marina pede não somente a proibição de veiculação da propaganda, mas também um direito de resposta no programa de Dilma. Quanto a este ponto o procurador discordou por entender que não há ataque direto ou indireto à candidata
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